segunda-feira, 27 de junho de 2011

ACORDO ORTOGRÁFICO

Segue abaixo o novo acordo ortográfico que entrou em vigor em janeiro de 2009. Os brasileiros terão quatro anos para se adequar às novas regras. Durante esse tempo, tanto a grafia anterior como a nova serão aceitas oficialmente. A partir de 1 de janeiro de 2013, a grafia correta da língua portuguesa será a prevista no Novo Acordo.


ACORDO ORTOGRÁFICO

ALFABETO


Após o Acordo Ortográfico, o alfabeto ganhou três letras (K, W e Y), passando a ter 26 elementos.

ACENTUAÇÃO

01) Foram abolidos os acentos agudo e circunflexo, chamados “acentos diferenciais” comumente utilizados na distinção das paroxítonas homógrafas, que são palavras diferentes no significado e na pronúncia, mas que se escrevem de modo idêntico.
Ex: polo (extremidade)/polo (modalidade esportiva)/polo (ave)

      para (verbo)/para (preposição)

      pelo (verbo)/pelo (preposição)

      pera (subst.)/pera (preposição arcaica)

Importante: Continua em vigência o acento diferencial entre:

pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)
pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

pôr (verbo)
por (preposição)

tem (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
têm (3ª pessoa do plural do presente do indicativo)
Inclusive derivados: contém/contêm, retém/retêm

vem (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
vêm (3ª pessoa do plural do presente do indicativo)
Inclusive derivados: convém/convêm, intervém/intervêm

02) Deixa de existir o acento agudo na letra -u tônica dos grupos verbais que contenham “-que, -qui, -gue, -gui, -guem, -gues, -guis, -quem, -ques.
Exemplos: apazigue, arguem, averigues, arguis, oblique, obliquem, obliques.

03) Não são mais acentuados o -i e -u tônicos quando precedidos por ditongo nas paroxítonas.
Exemplos: feiura, baiuca, Sauipe, bocaiuva

04) Os ditongos abertos -éi, -ói e -éu, se paroxítonos, não são mais acentuados.
Exemplo: plateia, ideia, tipoia, boia, paranoico, heroico, assembleia, Coreia, (eu) apoio.
Importante: Se forem monossílabos (como em céu, dói) ou oxítonos (como em chapéu, anéis, lençóis), continuam com acento, assim como os paroxítonos terminados em -r (Méier, destróier)

05) Não se acentuam as palavras terminadas em -oo/-oos, e -eem.
Exemplos: enjoo, voo, abençoo, creem, descreem, deem, leem, releem, veem, reveem, proveem, desproveem.

TREMA

O trema (ü) foi abolido de todas as palavras, com exceção dos nomes próprios e os de origem estrangeira.
Exemplos: frequente, consequência, arguir, quinquênio, pinguim, linguiça, Müller, Bündchen.

HÍFEN

01) Usa-se o hífen diante de palavras iniciadas por -h.
Exemplos: anti-histórico, bio-história, extra-humano, mini-hotel, super-homem.

02) Se o prefixo termina em vogal, e o segundo elemento começa com -r ou -s, não se usa o hífen e se duplica as consoantes.
Exemplos: antirreligioso, antissocial, antessala, contrarregra, extrarregular, microssistema, neorrealismo.

03) Se o prefixo termina em vogal, e o segundo elemento começa por consoante diferente de -r ou -s, não se usa o hífen.
Exemplo: autopeça, coprodução, pseudofruto, semicírculo, semideus, ultramoderno.

04) Se o prefixo termina em vogal diferente daquela com que se inicia o segundo elemento, não se usa o hífen.
Exemplos: agroindustrial, autoafirmação, sobreaviso, autoescola, autoimunizar, contraofensiva, extraoficial.

05) Se o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começa com a mesma vogal, usa-se o hífen.
Exemplos: anti-inflamatório, arqui-inimigo, contra-ataque, micro-ônibus, micro-ondas.

06) Se o prefixo terminar em consoante, e o segundo elemento começar com a mesma consoante, utiliza-se o hífen. Caso o segundo elemento comece com consoante diferente, não se usa o hífen.
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, sub-bibliotecário, super-resistente, intermunicipal, superproteção, hipermercado.

07) Se o prefixo terminar em consoante, e o segundo elemento começar com uma vogal, não se usa o hífen.
Exemplos: hiperativo, interestadual, superaquecimento, superexigente.

CASOS ESPECÍFICOS

a) Com o prefixo sub, deve-se utilizar o hífen diante de palavra iniciada em -r. Com todas as outras palavras, não se usa o hífen.
Exemplos: sub-região, sub-raça, sub-rogação, subalimentação, suboficial, subitem, subclasse.

b) Com os prefixos circum e pan utiliza-se o hífen diante de palavra iniciada em -m, -n, -h e vogal.
Exemplos: circum-navegação, pan-americano.

c) Não se usa hífen em palavras que perderam a noção de composição.
Exemplos: girassol, mandachuva, paraquedista, pontapé.

d) Mantém-se o hífen nas locuções consagradas.
Exemplos: água-de-colônia, arco-da-velha, mais-que-perfeito, cor-de-rosa.

e) com os prefixos vice, ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré e pró, utiliza-se sempre o hífen.
Exemplos: vice-almirante, ex-marido, sem-número, além-mar, aquém-fronteiras, recém-casado, pós-graduação, pré-histórico, pró-ativo.

f) Deve-se usar o hífen com sufixos de origem tupi-guarani.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu.

g) Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos: ponte Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto, eixo Rio-São Paulo.

h) com o prefixo -co não se usa hífen.
Exemplos: coautor, codevedor, coproprietário, copiloto.
Observação: Se o segundo elemento iniciar-se por -h ou por -r, haverá a junção dos elementos e a perda da consoante (como em coerdeiro, corréu, corré, corresponsável).

Digitado por: Márcio (Ninja Lokkko)
Fonte: Professor Eduardo Sabbag